sábado, 14 de novembro de 2009

Sou uma nuvem

Pensei um pouco antes de vim postar e
cheguei a conclusão de que eu sou meio estranha... é.

Quando fico triste,  ouço uma música mais triste e aí sim eu fico mal. É nessas horas que lembro da minha vó. O que ela diria pra mim, o que ela faria. Picolés de chocolate por causa do calor? Ou veria televisão comigo comendo balas de iogurte? Aí eu choro. E as poucas coisas que vejo com os olhos estreitos e merejados, são só ruins. Uma nota baixa, uma pessoa que perdi, as coisas que não acontecem como deveriam acontecer... mas é assim pra todo mundo.
E passa, mas volta, depois de uns dias talvez. É como a chuva. O vapor que se acumula nas nuvens até que estejam bem cheias, e a última gota faça tudo desabar. Apesar disso as nuvens não param, o ciclo é sucessivo, no próximo dia, semana ou mês... pode passar o tempo que for, elas vão receber de novo uma última gota, vão passar pelo mesmo processo.
Às vezes me sinto uma nuvem.

Por outro lado, nos meus bons dias, quero mesmo por uma música bem alta e esquecer os vizinhos. Quero vestir uma camiseta maior que eu e um short, depois sair dançando pela casa. Arrumar meu quarto como a Branca de Neve, cantando, girando, girando, cantando... Quero tomar sorvete com caramelo, coca-cola, fazer brigadeiro e esquecer a celulite.
Mas nem sempre é assim, talvez porque eu não queria, ou não faça ser assim.

Eu gosto de limão, apesar de azedo. Adoro filmes de terror, mesmo sabendo que vou dormir uma semana de luz acesa e subir as escadas correndo. Pra mim, aipim tem gosto de milho. Se minhas orelhas não estiverem tapadas e meus pés pra fora do edredon, não consigo dormir. Ouço milhões de vezes a mesma música, sabendo que vou enjoar. Não consigo gostar de AC/DC. E também odeio alface, folhas verdes em geral, até mesmo as de papel. Não socializo com muitas pessoas. Amanheço em cólera pelo menos duas vezes por mês. Tenho ódio mortal, nojo ou medo de pombos, não sei ao certo. Me atrapalho com as palavras ou mesmo sem elas, penso alto e falo sozinha. Não tenho pânico de movimentos bruscos, mas confesso que me assusto.  Sinto cóssegas sem que tenham que tocar meu pescoço. E sou uma das poucas pessoas que bocejam involuntariamente.

Talvez não deveria dizer tudo isso, mas eu precisava. Vou torcer pra não chover às 17h, quero ir na praia... ou não. Mas se chover vou mesmo assim.
Faz tempo que não tomo banho de chuva e era tão bom...

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